sábado, 2 de outubro de 2010

Saindo do Armário...

Apesar do meu quarto ser um brinco - na medida em que o quarto de um cão pode ser um brinco sem ser... enfim - o meu armário tradicionalmente é... uma zona. Talvez seja porque tem muita roupa. Talvez porque tenha muita roupa, mas poucas que eu uso sempre. Talvez porque seja uma zona mesmo.

O fato de que de vez em quando eu fico testando qual roupa fica legal com qual roupa ajuda bastante na hora de desorganizar ele. O que não volta pros cabides fica no encosto da cadeira, o que não fica no encosto da cadeira fica na porta do armário, o que não fica na porta do armário fica jogado na cama e o que não fica em lugar nenhum... normalmente é o que eu uso!

(Boa técnica para decidir que roupa usar: vista tudo! O que sobrar em você no final, você usa.)

Mas pensando melhor agora, essa confusão de roupas, junto com a confusão de tralhas sobre a mesa, os bonequinhos pelos cantos, os livros fora de lugar, denuncia que na verdade meu quarto é uma zona. Se o meu quarto é um reflexo de como será quando eu morar sozinho, tenho medo. Mas como dizia o meu irmão, no momento ele é perfeitamente o "quarto de um cão solteiro que só vem pra casa pra dormir". O que é perfeitamente entendível. Teoricamente, eu só precisaria de uma cama e espaço o bastante pra correr atrás do rabo.

Só que agora não sou mais um cão solteiro.

Acho que está na hora de começar a organizar a casinha...

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Então. Não sei quando foi, mas... Certo dia resolvi que a melhor prateleira é o Chão (ou o Cão! Deve ser coisa de Pulga!) Meu quarto está uma bagunça. Obviamente, quero arrumá-lo: colocar cada bugiganga no seu lugar, mas... Quando faço isso, me livro de coisas demais. Mês passado, a Cláudia (que mora aqui nas Quintas) estava por aí e eu tinha uns casacos lá e... Tal. Dei para ela, oras! Minha filosofia é a utilidade: não uso e lhe ficou legal? Pega lá, Cláudia! E sim, eu tenho sentimentos. Novidade, é amor! Se você tiver que se "desfazer" do gato, vai jogá-lo na rua, sufocá-lo no guarda-roupa durante anos, ou dar para alguém que o ame? Acho que a vida se trata de ser livre; ir, voltar, viajar, cantar, dançar, sorrir, correr, pular, construir, destruir e... Doar suas roupas, sério.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Como Cão e Pulga

RAUF! RAUFFF RAUUUFFFF... AAAAAUUUUUUUU!!!!

Errr... oi. É que eu vi um esquilo... ;o)

Ser o cão é bom, mas me confunde. Porque existem certas coisas engraçadas nessa vida de cão. Por exemplo: ele é o melhor amigo do homem e é o animal mais fiel. Então porque o homem que trai é... cachorro?

Ser o cão é mais do que latir. É ser fiel, é comer os cadarços, é... e é ter que latir também de vez em quando ¬¬'' Mas pensa assim: a gente é o primeiro enxotado quando tá incomodando, é o primeiro a ser lembrado quando o dono quer esquentar o lugar onde vai sentar ("deita ali Totó, deita ali, isso..." / 15min depois "chispa daí, ô cachorro!"). Mas é o primeiro que volta quando o dono precisa... confuso não?

Depois vocês ainda pedem porque a gente fica dando voltas ao redor da gente, atrás do nosso rabo...

(segredo canino: É TRI MASSA!)

Mas enfim, voltando ao foco. É bom ser eu mesmo. Eu sou o primeiro que você se lembra quando ouve "Who Let The Dogs Out" e "Hey Bulldog'. Eu fico quieto quando você está quieto, agito quando você agita e sou o primeiro a me enrolar amigavelmente em suas pernas quando você está com uma pulga atrás da orelha. E gosto de me sentir útil, seja fazendo companhia ou dando carona pras pulgas.

E convenhamos: de pulga atrás da orelha, eu entendo.

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Quando descobri que eu não seria o Cão, perguntei-me: por que, de fato, sou a Pulga? Meus ideais são "cavalheirísticos" e, tal como disseram, preciso sim, sacudir o Cão De Vez Em Quando, então por que não ser um Urso, alguém maior, sei lá, com polegares, o... Shrek?! Aí, lembrei das vezes em que, por exemplo, Shrek "sacudiu" o Burro e... Nada. E concluí, de fato, que coisa alguma surte mais efeito, do que uma Puta Coceira, que não se sabe de onde vem, para onde vai, ou como cessar! E, por isso, sou a Pulga: a vida, para mim, acontece nas entrelinhas, ou melhor, nos Entrepêlos. Além disso... Pulga não pula, Se Joga. O vento lhe bate no rosto, enquanto corre pelos campos e pradarias, mas se você tentar capturá-la... Já o fez? No desespero de perder sua liberdade, ela se lança no desconhecido, sem pára-quedas. Pá-pum! Sabe... A Pulga não seria Pulga, se a pegassem. Ela mata a sede, enquanto não sabemos o que quer e onde está. Mas a prolixidade é simples, vista de perto. É só um inseto, com um gênio do Cão!